Marina Silva defendeu o Presidente da Comissão de Direitos Humanos,
o muito querido das redes sociais, deputado e pastor evangélico Marco
Feliciano. O evento se deu no auditório da Universidade Católica de Pernambuco.
A ex candidata a presidente do Brasil disse que Feliciano estaria sendo
hostilizado mais por ser evengélico do que por suas declarações equivocadas.
O
interessante é que muitos que acusam Feliciano são cristãos, cristãos de todas
as denominações, cristãos católicos, cristãos espíritas, cristãos que ainda
esperam Dom Sebastião e até cristãos devotos de matadores de dragões, mas
todos, enfim, cristãos; creem no Cristo, na sua morte e ressurreição
e por certo na Bíblia, o livro santo que contem a revelação do Senhor. O livro
de lombada dourada, com ilustrações de Gustave Doré, enorme e muito digno que serve
para enfeitar o móvel da sala e advertir os visitantes que ali reside uma
família temente a Deus.
Tantos
cristãos críticos não se deram conta ainda que o que pensa Feliciano e o
conteúdo de suas declarações está intimamente ligado ao fato de ser cristão
(evangélico). Sua condição de sectário pressupõe uma visão de mundo que não
destoa da bíblia, como a visão de mundo do islâmico não destoa do Alcorão.
Sobre a homofobia, talvez a polêmica maior que envolve o deputado, a Bíblia é
sete vezes sete mais radical do que Feliciano, basta ler o episódio do Gênesis
que trata da destruição de Sodoma e Gomorra ou Levítico 20:13; o sexo entre
iguais nunca foi do agrado de Deus.
A crítica
a Feliciano, à sua visão tacanha e anacrônica do mundo, é a crítica à visão de
mundo da bíblia. Só os críticos não perceberam isso, pelo menos os críticos
cristãos, e isso é muito engraçado, se não fosse trágico.
2 comentários:
Incrível, a lógica é quase matemática. Mas o livro sagrado, negro, como toda venda, ofusca a visão da mente, não há luz que adentre nessa história.
Se bem que podemos pensar num cristianismo mais liberal, que reveja esses conceitos do Velho Testamento. Um cristianismo espírita, por exemplo, que tende a contextualizar o Velho Testamento, pode não ser avesso aos homossexuais.
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